Liga Zona Norte

VITRINE LZN – ED. 8 – AROLDINHO

Postado em: 2018-06-05 12:09:34 por Luiz Eduardo Cunha de Carvalho
Compartilhe
  • action.share.whatsApp
  • Compartilhe no Google+
general.news_image

Um dos pilares da história do Ajax de Inhaúma, Aroldo Arruda, o Aroldinho, é o destaque da Vitrine LZN desta semana. O jogador lembrou de momentos vividos com a equipe, rivalidade com o Hull City e atuação individual inesquecível. Além disso, o atacante falou das passagens pelo Fu7 de Federação e pelo futebol de campo. Confira:

 

Como o Ajax surgiu na Liga Zona Norte?

- A gente entrou na Liga Zona Norte bem no início e criou um time que não tinha nome. Depois o mudamos para Ajax de Inhaúma. Começamos na divisão mais baixa e fomos subindo até chegar à Elite. O time foi fundado por mim, Bruno Pereira, que começou como jogador e agora é o presidente, Rafael Miranda, Higgor Biazatti e Rodrigo Reis. No Fut7 foi meu primeiro clube na vida e sempre guardo ótimas recordações de lá.

 

Lembra de algum momento marcante com a camisa do Ajax?

- Momentos bons tiveram alguns. Nossos grupos eram bons e de pessoas do bem. Se o jogador que a gente chamou ficasse mais de um jogo, ficaria até o fim. Temos um lema: "O Uruguai é aqui", que está na nossa camisa, sobre a raça da equipe. Um jogo épico que lembro rapidamente foi contra o Dinamarca, que ganhamos nos shoot-outs. Jogo foi difícil. Terminou 5 a 5 no tempo regulamentar, com o Higgor Biazatti fazendo nosso último gol já no final.

 

 

Neste semestre, o Ajax foi rebaixado na Elite. Como você se sentiu?

- Por eu ser um dos fundadores, fiquei muito triste. Não pude jogar, pois estava em Natal, mas acompanhei os jogos do time. Soube pelo Bruno que na última rodada o Ajax não dependia só dele para permanecer. A equipe que não podia perder para nos ajudar acabou sendo goleada. Faz parte. O time vai se reerguer. As portas estão abertas para quem quiser jogar pelo Ajax. Se Deus quiser será montado um elenco forte para brigar pelo acesso no próximo semestre.

 

Você acumula diversas premiações e artilharias na LZN...

- Fui premiado como melhor atacante pelo Deportivo Arábicas e pelo Ajax. Tive a felicidade de participar da premiação da Liga no Méier, que foi muito legal. Sensação é ótima de ser reconhecido pelo seu trabalho, assim como nas artilharias que conquistei. Sozinho, não conseguiria esses títulos. Muitos companheiros me ajudaram. Na época tinha o Maykinho, nosso camisa 10, que me dava passes para vários gols. Tinha também o Magrão e o "Perninha", meu companheiro de ataque. É sempre bom ser visto como o cara do time.

 

 

Apesar da forte identificação com o Ajax, você chegou a jogar por outras equipes. Quais foram?

- Fora do Ajax, atuei por poucos times. Nas vezes que vesti outras camisas foi em campeonatos que o Ajax não participava. Além do Deportivo Arábicas, joguei pelo União e Força na LZN Cup após convite, mas foi apenas em um jogo. Também fiz parte do Panderão, que gostei da rapaziada e era um bom time. E, recentemente, minha última equipe foi o Real Complexo. Fizemos um campeonato legal e quase conseguimos o acesso.

 

Esse ano você não entrou em campo nas competições de 2018.1. Por quê?

- Em 2018, infelizmente, não pude jogar na LZN porque eu estava em Natal e, quando voltei, em março, os campeonatos já tinham terminado ou estavam no fim. Como eu estou no profissional, estou evitando jogar para não me lesionar. Quero me preservar ao máximo. O futebol agora está sendo uma profissão para mim também. Quando estou sem clube nenhum, jogo o máximo que posso na entidade para manter a forma.

 

Qual jogo foi, individualmente, inesquecível para você?

- Vou recordar a final do Regional contra o Hull City. Perdemos o primeiro jogo por 6 a 3, no Mundo da Bola. Na Manet, no segundo jogo, a gente que iria ganhar, mas não tínhamos a certeza de que conseguiríamos reverter a vantagem deles por ser elástica. Pude fazer três gols: um eu peguei a bola no meio-campo, passei pelo marcador e bati no alto; no outro, cortei para esquerda e chapei de canhota no canto; e, no último, girei em cima do zagueiro antes de marcar. Ganhamos por 4 a 3 e foi marcante para mim, individualmente falando, pois ficamos com o segundo lugar.

 

 

Que time fazia você se doar mais que 100%?

- Eu entrava com “sangue nos olhos” contra o Hull City por ser nosso rival. Era minha vítima preferida, sempre fazia os meus gols quando a gente os enfrentava. Perdemos uma final, mas fizemos a equipe deles serem rebaixados, além de eliminá-los. Fora o total de partidas, que temos mais vitórias. Dava prazer enfrentá-los.

 

Como foi a experiência no Fut7 da Federação?

- Foi uma experiência ótima. Comecei no Olaria no ano de 2013 em uma gestão, que mudou em 2014. Pude fazer um teste, no Mello, e no primeiro treino o treinador Hélio gostou de mim. No meu jogo de estreia contra o America, fiz dois gols no empate em 2 a 2, no Salgueiro, que me fizeram ganhar confiança dentro do clube. Joguei o Carioca, já titular, e marquei muitos gols. Depois, fui para o América para a Copa Rio de 2015, mas logo voltei para o Olaria em outro carioca, o segundo. Terminado o campeonato, fui para o Duque de Caxias, que era um bom time. Meu primeiro gol foi até de calcanhar na Arena Axxe. Aí tive uma passagem pelo Nova Friburgo, no torneio Rio-São Paulo, na Arena Nacional. Após isso, vesti a camisa da Portuguesa, mas acabei não indo bem lá e saí no meio da competição. Ainda fiz parte do Barra da Tijuca evoltei para o América, meu último clube na modalidade, onde disputei a Copa do Brasil antes de ir para o campo. 

 

(Fotos: America, Duque de Caxias e Olaria - Jornal F7; Portuguesa - Fabrício Salvador)

 

No campo, como foi o início da sua trajetória?

- Como toda criança, tinha o sonho de jogar futebol. Após algumas tentativas, consegui um teste no Ceres com um amigo que era patrocinador da equipe. Na experiência, fiz dois gols e fui contratado. Disputei o Carioca e a OPG pela equipe como meia, que não é minha posição. Era meu último ano de juniores e, nos profissionais, o treinador me indicou para o Teresópolis, mas não tinha condições de ir para lá. Fiquei sem clube um bom tempo, uns quatro anos, até que chegou outra chance em 2017, pelo Barra da Tijuca, através do meu padrinho Diogo Nogueira. Ele ajudou a realizar meu sonho e falou com o presidente do clube para eu consegui ficar no grupo. Faltavam só dois dias para as inscrições acabarem e, quando assinei o contrato, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Minha primeira participação foi num jogo-treino contra o Flamengo, que entrei no finalzinho, fiz o único gol da equipe na derrota por 5 a 1. A partir disso, comecei a ser visto com outros olhos. No Campeonato Carioca, consegui me destacar. Terminei com quatro gols e aprendi muito. 

 

(Foto: Luis Miguel)

 

Esse ano, você disputou o Campeonato Potiguar pelo Santa Cruz. Teve gol seu que foi parar até no Fantástico.

- Fui para Natal em dezembro jogar pelo Santa Cruz. Foi difícil a adaptação e praticamente não entrava nos jogos. Cheguei até pensar em desistir, mas meus amigos me davam forças para não fazer isso. Estava me dedicando bastante nos treinos. Por isso, conversei com o treinador e pedi uma oportunidade. Até que ela veio contra um dos maiores times do Estado, o América de Natal, no Estadual. Só fui o terceiro a entrar e nem acreditei quando fui chamado. Não sobrava uma bola para mim, até que no último minuto o volante me lançou. Saí do impedimento, deixei o lateral para trás e fiquei só com o goleiro na minha frente. Cheguei a adiantar um pouco a bola, mas eu corri tanto que consegui bater e fazer o gol. Tirei a camisa e chorei muito não só no gol como no vestiário. Fiquei com orgulho de mim mesmo e esse meu gol deu o título ao ABC, passou até no Fantástico. Sou muito grato a quem me ajudou. Voltei para o Rio há pouco tempo e agora estou de novo no Barra da Tijuca para a disputa da B1. Começamos bem e vamos brigar pelo acesso. 

 

(Foto: Diego Simonetti)

 

Como o Fut7 te ajudou ou ainda ajuda nas partidas no campo?

- Minha passagem no Fut7 me rendeu frutos. Me ajudou, por exemplo, muito nos dribles de alta velocidade e em espaços curtos. No posicionamento também. Sempre foi uma característiica minha o drible, que aprimorei ainda mais nessa modalidade. Venho fazendo proveito disso quando entro em campo profissionalmente.

 

Você é muito interativo nas redes e tem dois canais no Youtube. Qual o foco deles?

- Tenho um canal, o Fazendo Cera, que tem 60 mil inscritos. Faço as gravações com outros dois amigos. A gente entrevista jogadores, faz desafios, é bem legal. Antes, eu usava mais o Canal Aroldinho. Lá eu fazia vlogs quando eu era do Fut7, mas esse estilo não foi para frente porque fui para o campo, que é mais difícil de fazer isso. Mas lá ainda posto meus gols nos times que passo.

 

Últimas notícias

Mais notícias